Ponto de Vista

Você sabe o que é ESG?

Elton Mota, COO da ZeroDox, explica o que é ESG.

Publicado em
19/5/2023
Sustentabilidade, um ativo cada vez mais valorizado.
Afinal, o que significa mesmo essa sigla de que estão todos falando?

 

A sigla ESG é formada pelas palavras: “Environmental”, “Social” e “Governance”, Ambiental, Social e Governança (corporativa), em português. Como é um tema complexo que envolve três pilares distintos da administração empresarial, é comum, quando se busca por respostas, encontrar mais questionamentos que explicações:

 

O que é ESG? ESG é compliance? ESG pode influenciar o desempenho da minha instituição? Qual a relação entre ESG e o valor de mercado da minha companhia? O que o papel tem a ver com ESG?

 

Este artigo se propõe a esclarecer estas e outras questões para ajudar no entendimento do assunto. Então, separa uns minutinhos na sua agenda para ler as linhas que seguem porque as informações aqui contidas podem dar uma boa noção de quais os próximos passos a seguir para adequar o seu negócio.

 

ESG na balança

O que é ESG?

ESG é uma expressão que se refere às políticas adotadas por uma empresa nas áreas ambiental, social e de governança coorporativa. De uma forma geral, é um conjunto de boas práticas administrativas com o objetivo de desenvolver na atuação empresarial relações mais responsáveis com o meio ambiente, a sociedade na qual está inserida e a sua estrutura coorporativa, observando as repercussões disso nessas 3 áreas, bem como todas as possibilidades de impacto ao negócio provenientes delas.

 

ESG é compliance?

ESG é um conceito mais abrangente que compliance. Para tentar entender isso, tomemos a área de saúde como exemplo: Em 2002, o Conselho Federal de Medicina instituiu o uso de meios eletrônicos para guarda e manuseio de prontuários médicos, reforçando esse direito em 2007, com a resolução 1821/07. Porém, a norma do CFM tinha limitações no que tange a validade comprobatória do documento convertido em esferas jurídicas além do ambiente normativo da medicina. Sendo assim, para se manter em estrita conformidade coma lei vigente, as instituições de saúde não podiam descartar papel. Ou seja, para estar em compliance, era preciso produzir e armazenar papel.

Em 2018, a Lei 13.787/18 (que dá eficácia legal erga omnes à resolução 1821/07, do CFM) instituiu o uso de meios eletrônicos para guarda e manuseio de prontuários médicos, bem como o direito de digitalizar prontuários gerados em papel, dando ao gestor da área de saúde o direito de gerar prontuários 100% digitais e de digitalizar todos os seus acervos físicos de SAME. A partir daí, a estrita conformidade legal da área de saúde não depende mais da manutenção de papel. Hoje, porém, ainda há gestores que se sentem mais seguros, guardando impressos. Pondo de lado os aspectos econômicos disto, onde o custo que se paga pela ineficiência do papel frente as possibilidades do formato digital é cada vez maior, do ponto de vista estritamente legal, como o Direito Ambiental ainda não passou seu “pente fino” na área da saúde, no presente momento, isso não implica em nenhuma desconformidade. No entanto, se encararmos a questão pelo prisma do ESG, logo lembramos que a manutenção desnecessária de papel pode vir a ser multada, um dia, da mesma forma que a emissão de gás carbônico é hoje. Quando isso acontecer, enquanto quem, sob o ponto de vista ESG, já se adequou, adotando uma tecnologia muito mais eficiente e menos dispendiosa e transformando sua antecipação num ativo (com a otimização das contas e valorização de mercado) quem deixar para se adequar somente depois da incidência legal, já vai ter acumulado um passivo proveniente de uma série de fatores, que podem incluir até multas e outras sanções legais.

 

ESG pode influenciar o desempenho da minha instituição?

Por ser baseada na responsabilidade organizacional com o meio ambiente, a sociedade e a estrutura administrativa na qual está inserida, ESG é uma cultura de mapeamento e mitigação de riscos macroambientais à atividade empresarial e provenientes de impactos causados por ela nessas três áreas, que agrega valor a negócios, congregando um ativo cada vez mais buscado nos mercados de investimento, a sustentabilidade. A implantação de uma política organizacional de ESG pode reduzir custos, atrair novos clientes e investidores, manter a sua empresa à frente das mudanças regulatórias e criar valor a longo prazo. Aqueles que não o fizerem podem sofrer danos reputacionais, perdas de clientes e deixar de obter apoio dos seus stakeholders.

 

Qual a relação entre ESG e o valor de mercado da minha companhia?

ESG é, também, um critério avaliativo de desempenho e valor de mercado, baseado na mitigação do risco de dano à atividade administrativa de uma determinada instituição. As grandes empresas de consultoria têm, cada uma, seu próprio critério de avaliação de ESG, que medem o grau de importância dado por cada instituição à adoção de políticas organizacionais responsáveis sobre os princípios do desenvolvimento sustentável. Os certificados emitidos por elas são provas de sustentabilidade e resistência a fatores macroeconômicos e têm reflexo direto no valor de mercado de uma empresa e na sua imagem perante os seus stakeholders.

A maior certificação de ESG para uma instituição é se tornar signatária do Pacto Global da ONU. Para isso, é preciso comprovar que a sua corporação está alinhada com os Dez Princípios Universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e reportar anualmente seu progresso na busca pelos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS). Acarta de intenção e demais detalhes do pedido podem ser acessados no site do Pacto Global.

 

O que o papel tem a ver com ESG?

Eliminar o papel é buscar adequação aos princípios ambientais do Pacto Global e pode ser um primeiro passo na implantação de uma cultura de ESG na sua instituição. Além disso, o formato digital permite uma maior segurança na armazenagem de dados e transparência no acesso à informação, instrumentalizando a adequação ao combate da corrupção.

 

Eficiência Digital
Elton Mota de Souza
COO
Sócio Fundador e Diretor de Operações da ZeroDox com mais de 20 anos de experiência, Elton Mota é Profissional Certificado em Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde (cpTICS) pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), organização da qual é membro titular até hoje. Graduado em Administração de Empresas com Especialização em Administração Hospitalar pela Universidade Jorge Amado (2004) e pós-graduado em Auditoria em Sistemas de Saúde pela Faculdade São Camilo (2007), conta ainda com especialização Informática em Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (2016), e MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Faculdade Getúlio Vargas (2020). Na sua carreira, atuou em empresas como Hospital Incar, Pixeon, Hospital Cárdio Pulmonar da Bahia, Sistematizar Consultoria em Sistemas e Serviços de Saúde, Hospital Aliança, Hospital Geral Roberto Santos e Universidade Jorge Amado.

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